09/04/2020

Usinas de compostagem em larga escala

No Brasil, são coletadas diariamente entre 214.868 toneladas diárias de RSU no país de acordo com o Panorama da Associação Brasileira de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE, 2017). Desse total, 59,1% é encaminhado para aterros sanitários e mais de 40% é encaminhado para lixões e aterros controlados que causam poluição e impactos negativos na saúde. A geração de resíduos […]
31/03/2020

Prefeitura de SP anuncia auxílio para catador informal e cooperados

A Prefeitura de São Paulo, por meio da Autoridade Municipal de Limpeza Urbana (Amlurb), vai investir R$ 5,76 milhões para auxiliar os catadores de materiais recicláveis na capital paulista. A medida vai beneficiar 900 famílias associadas às 25 cooperativas habilitadas no Programa Socioambiental de coleta seletiva. Ao todo, cada família receberá da Prefeitura R$ 1,2 mil reais mensais, por até […]
31/03/2020

Mulheres são maioria no setor da reciclagem de resíduos sólidos

Os dados são de um estudo feito pelo Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR), em 2014. Segundo o relatório do MNCR, organização que representa o setor há 18 anos, existem no Brasil cerca de 800 mil pessoas trabalhando no ramo da reciclagem. A maior parte das mulheres atua dentro das cooperativas, enquanto os homens estão mais presentes atuando […]
30/03/2020

Série compostagem: recicle seu orgânico dentro de casa!

A compostagem é um processo de transformação de resíduos orgânicos em adubo para plantas! Se você ainda não conhece vamos te mostrar que é possivel fazer esse processo na sua casa e que já existem empresas fazendo em larga escala! Mas como funciona esse processo? Todo o resíduo de cozinha e de jardim entram em decomposição naturalmente, para uma compostagem […]
26/03/2020

Resíduos em áreas rurais: peculiaridades e desafios

Não há dúvida que o resíduo gerado nas cidades é um grande desafio a ser resolvido, mas pouco se fala sobre o resíduo que é gerado no campo, que tem mais peculiaridades e ganha menos atenção. O resíduo rural doméstico tem adquirido características cada vez mais semelhantes ao urbano por conta de mudanças no padrão de consumo dessa população e […]

Três acordes e uma frase dita por um senador na tribuna. Foi assim que, em 1978, Renato Manfredini Junior, mais conhecido como Renato Russo, escreveu os versos de Que país é este?. Primeiramente executada durante festas em Brasília com a banda Aborto Elétrico, a música foi lançada em 1987, já na época da Assembleia Constituinte e gravada pela banda Legião Urbana.

Nos quarenta anos desde sua criação, a letra – que abordava o desrespeito à Constituição, o descaso com as terras indígenas e problemas sociais, como violência e miséria – sobreviveu à ditadura militar e ganhou novo contexto.

A partir de 2013, ela passou a ser usada em protestos, chegando a ser dedicada ao presidente Michel Temer pelo cantor Dinho Ouro Preto durante uma apresentação no Rock in Rio no ano passado, acompanhada de um “Fora, Temer”.

“Ninguém respeita a Constituição / Mas todos acreditam no futuro da nação”, dizem os versos de Renato Russo. Embora a Constituição a que Que país é este? se refere não seja a que está em vigor, a atual também não é completamente respeitada, afirma Cássio Casagrande, professor de direito constitucional da Universidade Federal Fluminense (UFF).

“A Constituição tem sido cumprida em certos aspectos, como as eleições regulares e o funcionamento do Congresso. Mas, em outros, como os  direitos civis – um exemplo é a violência policial – e sociais, como os trabalhistas, não.”

Ele acredita que a letra escrita por alguém tão jovem continua sendo tão popular porque o Brasil “ainda é adolescente”. “As instituições não amadureceram. O Brasil é um país imaturo, adolescente, pois nunca tivemos um longo período de estabilidade política. Não temos uma cultura democrática e liberal”, afirma.

“Ainda há uma distância muito grande entre o mundo da Constituição e o mundo real. Temos uma crise de identidade típica da adolescência quando debatemos os modelos de voto distrital, de financiamento político”, exemplifica.

Casagrande salienta que a dificuldade do respeito à Constituição se deve em parte ao modelo federativo. “Copiamos tortuosamente o modelo americano, mas o concebemos de uma forma centralizadora, que não permite verdadeira autonomia às diferentes regiões do Brasil”, afirma.

Versos de indignação

Bruce Gomlevsky é músico, ator e produtor de Renato Russo – O Musical, há 12 anos em cartaz. Ele canta Que país é este? no espetáculo e conta que novas gerações vão ao teatro e sempre cantam junto o refrão.

“Renato tinha medo de a música ficar obsoleta, por isso a gravou apenas em seu terceiro disco”, comenta. “Infelizmente, ela continua sendo um fiel reflexo da realidade, e as pessoas cantam com indignação. Eu tenho uma profunda tristeza em pensar que ele escreveu contra os militares e hoje tem gente pedindo a volta da ditadura. Com certeza, Renato estaria defendendo as vias democráticas.”

A popularidade da letra de Renato Russo faz com que a canção seja cantada ignorando o contexto. O professor de literatura da Universidade Estadual de Alagoas (UNEAL), Nilton Resende, defende a ideia de que as apropriações de Que país é este? não se dão por conta do ritmo, mas da letra, que reflete indignação.

“Os versos são quase ingênuos. Questionam, apontam para a corrupção. E todos podemos perguntar que tipo de país somos quando alguma coisa nos indigna”, pontua. “É uma letra quase moralizante, como tantos discursos que vemos hoje em dia.”

Brasil na periferia do mundo

Para especialistas, passadas quatro décadas desde que Renato Russo escreveu Que país é este?, o Brasil continua sendo visto da mesma forma no cenário internacional: periferia.

“O Brasil, para os países do que então se chamava primeiro mundo, era mais visto como um arremedo de Estado, uma República de Bananas, não apenas em termos de força e capacidade de influenciar o sistema, mas grandemente em função de sua estrutura e seus objetivos, um lugar onde não existe o Estado de Direito”, afirma Elaini Gonzaga, professora de relações internacionais da PUC-SP.

Para ela, nem mesmo os avanços econômicos que levaram o país a ser considerado a sexta maior economia do mundo durante os governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva modificaram a visão do Brasil no exterior.

“Chegou-se a cogitar se teríamos passado a ser uma semiperiferia, uma potência emergente, mas a mudança drástica do perfil nos últimos anos do governo Dilma Rousseff, já coagido por forças opositoras, e pós-impeachment, mostra que não foi suficiente”, afirma Gonzaga.

“O Brasil volta a passos largos ao que foi. Agora, isso ocorreu em grande medida, porque existem forças internas relevantes muito confortáveis no papel de colônia e de subdesenvolvido, explorando mão de obra barata e precarizada, produtiva ou financeiramente”, completa.

Questão indígena avança a passos lentos

A estrofe antes do último refrão trata também da questão indígena: “Mas o Brasil vai ficar rico /
Vamos faturar um milhão / Quando vendermos todas as almas / Dos nossos índios num leilão”.

Para o procurador da República Edilson Vitorelli, houve avanços com a Constituição de 1988, tanto por reconhecer aos indígenas costumes, línguas, tradições e direitos originários sobre as terras, como por atribuir ao Ministério Público Federal a tutela sobre esses direitos. Por outro lado, houve retrocessos desde então, como as desapropriações de terras indígenas.

Vitorelli, que é autor do Estatuto do Índio, visitou todos os povos indígenas de Minas Gerais durante três anos como procurador. De todos os grandes problemas que acometem essa população, ele aponta a saúde como mais latente. “São graves situações como alcoolismo, diabetes, saúde bucal”, aponta.

“O Bolsa Família, por mais contraditório que possa parecer, passou a fazer mal para eles, que eram um povo sem uma cultura de monetização. Com os valores, tiveram acesso a coisas que antes nunca tiveram, como doces. Cheguei a ver índio comendo açúcar de colher. Eu vi também muito lixo, porque todo esse material novo não é corretamente descartado, muito menos reciclado”, exemplifica.

No entanto, o procurador vê esperança de avanços. “Mesmo com tanto retrocesso, sou otimista: apesar de a situação ser muito ruim, era pior há dez anos, há 20, há 30 e há 40 anos, quando foi escrita a música. Estamos melhorando, mas pouco”, diz.

Fonte:Deutsche Welle

 

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07/08/2018

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03/08/2018

ONU oferece curso online GRATUITO sobre agricultura familiar responsável (inspirado em metodologia brasileira)

É isso mesmo: a FAO, órgão da ONU para a Alimentação e a Agricultura, está oferecendo curso online gratuito (!!!) sobre agricultura familiar. A ideia é disseminar técnicas de agricultura sustentável à população, uma vez que um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU é acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e a melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável até o ano de 2030. No total são […]
03/08/2018

Mundano aborda crise da água em SP, desastre de Mariana e refugiados em nova mostra

“Não, a pintura não foi feita para decorar as habitações. É um instrumento de guerra, ofensivo e defensivo, contra o inimigo”. A frase atribuída a Picasso traz bem a ideia de ver o trabalho de Mundano em meios ao bairro dos Jardins, em São Paulo. As obras que vemos circulando nas paredes pelas ruas, nas 320 carroças de catadores e catadoras de […]