Fonte: Greenpeace
O Greenpeace participou, por cerca de oito anos, do Compromisso Público da Pecuária, firmado com os três maiores frigoríficos do Brasil, que se comprometeram a comprar carne de fazendas livres de desmatamento, trabalho escravo e com sobreposição com áreas protegidas. Esse acordo de mercado contribuiu de forma inegável para a organização de parte do setor da pecuária em direção a uma cadeia com menores danos socioambientais. No entanto, apesar dos avanços realizados, ainda existe muito por fazer. No início de junho de 2017, o Greenpeace desembarcou do Compromisso da Pecuária por entender que, no atual contexto político de desmonte da legislação socioambiental, seria difícil conquistar as mudanças necessárias para garantir que o consumidor tenha acesso à carne livre de desmatamento ou violação de direitos. Contudo, a manutenção do monitoramento e critérios mínimos para compra de carne por parte dos frigoríficos do Compromisso é fundamental para que sejam mantidos os progressos já conquistados para proteger a floresta e seus povos.
Consideramos que os avanços da agenda por um sistema público de controle socioambiental (principalmente com maior transparência e acesso a dados) são premissas fundamentais para que se possa avançar numa futura discussão de retomada das negociações setoriais em torno do monitoramento do desmatamento e crimes sociais do Bioma Amazônia. Por isso, o Greenpeace vê com bons olhos os esforços da Marfrig em busca da retomada do acordo e encoraja qualquer movimento que contribua para a ampliar a transparência de dados e o controle social de cadeias produtivas operando na Amazônia.
O Greenpeace segue aberto a dialogar sobre a melhoria dos sistemas de monitoramento de rastreabilidade socioambiental da cadeia agropecuária no Brasil. Dessa forma, estamos dispostos a participar de reuniões conjuntas, com agentes governamentais e empresas do setor, que contribuam para esta finalidade.
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