Fonte: Jornal da USP
Pela primeira vez, a artista plástica brasileira Tarsila do Amaral (1886-1973) é tema de uma grande exposição nos Estados Unidos e que contará com 16 obras do acervo do Instituto de Estudos Brasileiros (IEB) da USP, entre desenhos e fotografias, além do catálogo e a capa do programa da Semana de Arte Moderna de 1922, o livro Pau Brasil e a tela O mamoeiro.
Promovida pelo Art Institute of Chicago e pelo Museum of Modern Art (MoMA), a mostra Tarsila do Amaral: Inventing Modern Art in Brazil apresenta cerca de 130 obras da artista e poderá ser visitada até janeiro de 2018 na cidade de Chicago. São pinturas, desenhos, fotografias e documentos produzidos principalmente na década de 1920, período em que Tarsila transitava entre as sociedades de São Paulo e Paris, recebendo influências que resultariam em seu estilo artístico único. Em fevereiro, a exposição segue para Nova York, onde permanecerá até junho 2018 no MoMA.
“A curadoria dessa mostra se pautou não apenas na grande obra pictórica, mas em toda a produção artística, que passa pelos diversos desenhos que formaram a plástica da artista e culminaram em suas telas. Além dos desenhos em conjunto com as telas famosas, a montagem também apresenta uma grande quantidade de documentos que contextualizam a produção artística de Tarsila do Amaral. Esse viés curatorial vai ao encontro do trabalho que é realizado no IEB, de entender que o acervo pessoal é um conjunto que ressalta o processo de criação, e não somente a sua produção final”, explica a responsável pela Coleção de Artes Visuais do Instituto, Bianca Dettino.
Nascida na cidade de Capivari, em uma abastada família do interior paulista, Tarsila do Amaral mostrou desde cedo uma grande vocação para a arte. Estudou piano, pintura e desenho e, junto com Anita Malfatti, Mário de Andrade, Oswald de Andrade e Menotti del Picchia, foi figura central no desenvolvimento da arte moderna na América Latina.
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