Fonte: Prefeitura de São Paulo
A Prefeitura de São Paulo quadruplicou a porcentagem de reciclagem na cidade, que atingiu 6,56% dos resíduos produzidos na Capital. O avanço aconteceu em três anos e meio com a instalação de duas centrais mecanizadas de triagem em 2014 e com o credenciamento de cooperativas de catadores, o que permitiu a implantação do serviço de coleta seletiva em todos os 96 distritos da cidade.
No início de 2013, a cidade reciclava apenas cerca de 1,74% das 12,5 mil toneladas de resíduos de coleta domiciliar produzidos diariamente. “Temos o desafio até o final do ano de atingir 10% de reciclagem. Para isso, nós estamos divulgando um site da Prefeitura, em que é possível verificar dia e horário da coleta seletiva. Temos capacidade instalada para superar a meta, precisamos agora de apoio da população”, afirmou Haddad, em visita à Central Mecanizada de Triagem Carolina Maria de Jesus.
O volume de resíduos coletados pelo programa de reciclagem de São Paulo cresceu 113% na comparação com 2012. Enquanto em 2012 o programa coletou 40.274 toneladas de resíduos entre janeiro a dezembro, o volume coletado em 2014 foi de 65.579 toneladas. Em 2015, esse número saltou para 86.110 toneladas de recicláveis.
A cidade de São Paulo produz, diariamente, cerca de 20 mil toneladas de resíduos, dos quais 12,5 mil toneladas são resíduos da coleta domiciliar. Deste montante, 35% sãomateriais recicláveis, como papel, plástico, vidro e metais. “Antes estes resíduos iam para os nossos rios, para terrenos baldios. Agora eles tem um destino, vão voltar para a indústria, para o mercado e para as casas com produtos novos. Isso é cuidar do meio ambiente”, disse o secretário Alberto Serra (Serviços).
Dos 96 distritos da cidade, 52 são atendidos por coleta seletiva em todas as ruas. Nos demais, o serviço está em ampliação. “O crescimento depende da adesão do distrito. Quanto mais pessoas aderem, mais caminhões são colocados na rua. Então, aumentamos o investimento e fazemos mais reciclagem”, disse Haddad. No início de 2013, apenas 75 distritos tinham coleta seletiva, dos quais 14 com atendimento em todas as ruas.
Para incentivar a colaboração da população foi lançado nesta quarta-feira (22) o site SP Cidade Limpa. Na página é possível consultar todos os serviços disponíveis em cada rua, os dias da semana e os horários da coleta seletiva, do cata-bagulho e da coleta regular. Também é possível verificar a frequência da varrição e o endereço dos ecopontos e das cooperativas mais próximas.
Ampliação
A chegada da coleta de recicláveis em todos os bairros cumpre a meta 89 do Programa de Metas 2013-2016. “Quando a gestão assumiu, ainda havia 21 distritos sem o serviço. Conseguimos chegar a todos os bairros em parceria com as cooperativas, com os catadores e as catadoras, que foram fundamentais neste processo”, afirmou Ricardo Brandão, presidente da Autoridade Municipal de Limpeza Urbana (Amlurb). Segundo Brandão, para atingir todos os bairros, a frota de caminhões triplicou e a logística da coleta melhorou. O trabalho de expansão segue em 2016, com a abertura até o final do ano de mais 40 ecopontos, 16 ecopraças e cinco pátios de compostagem.
O crescimento da coleta seletiva beneficiou as cooperativas de reciclagem com recursos e mais infraestrutura. “Quando eu fui catador nas ruaspercebi que éramos invisíveis aos olhos da sociedade. Hoje as cooperativas e os catadores passaram a ter respeito, a serem inseridos no processo da coleta seletiva. Isso me fez entender a importância do nosso trabalho, não só na geração de emprego e renda, mas também na redução do impacto ambiental”, conta Telines Basílio, o Carioca, que lidera a Cooperativa de Reciclagem de Capela do Socorro (Coopercaps). A quantidade de cooperativas que recebem o apoio da Prefeitura cresceu de 20 para 31 entidades, parcerias que possibilitam geração de renda, emprego e inclusão social para cerca de 1.100 pessoas.
A Prefeitura investe atualmente R$ 4,16 milhões por ano na remuneração de mão de obra para as cooperativas, responsáveis pela coleta seletiva em 27 distritos da capital. Além disso, mais R$ 10 milhões serão investidos em caminhões, equipamentos de segurança (EPIs), uniformes e galpões.
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