Fonte: SP Cidade Gentil

Os números são alarmantes: por ano, quase metade da comida produzida no mundo vai para o lixo. Segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura, a FAO, nos países industrializados, os alimentos desperdiçados seriam suficientes para abastecer 925 milhões de pessoas.

Orientados a evitar o desperdício, projetos têm criado alternativas de conscientização mundo afora. É o caso da cooperativa portuguesa de consumo Fruta Feia, que tria e revende frutas e hortaliças desperdiçadas por supermercados por estarem fora dos “padrões de beleza”. Os alimentos seguem para consumidores que não se importam com as imperfeições visuais, comendo-os em vez de jogá-los fora.

Os criadores da Fruta Feia lançaram o projeto em 2012, motivados por documentários e artigos sobre desperdício de alimentos e alarmados pelos números relacionados ao tema na Europa, onde 30% da comida é jogada fora por causa da aparência.

Com o slogan “Gente bonita come fruta feita”, a iniciativa conta com apoio de 96 produtores de Lisboa e do Porto. Eles separam os produtos pequenos ou disformes, e a cooperativa Fruta Feia os recolhe e os organiza em cestas que custam entre R$ 12 e R$ 25.

Na Califórnia, um projeto semelhante também vem mudando hábitos na hora de escolher os produtos. A Imperfect Produce é uma startup que impulsiona o consumo de frutas e verduras “imperfeitas” através de uma campanha de conscientização.

Nas redes sociais, o grupo lança imagens dos alimentos com formas “estranhas” e busca convencer as pessoas de que as curvas podem parecer feias, mas contém amor. Da mesma forma que o Fruta Feia, a Imperfect Produce recolhe alimentos tradicionalmente descartados e os revende aos moradores da região a preços mais baratos, de porta em porta.

MAIS BARATO

Já na França, o desperdício virou fonte de lucro para a marca Les Gueules Cassées (que, em francês, significa “caras quebradas”), que aposta nesta etiqueta para fazer sucesso com os consumidores no supermercado. A empresa vende hortifrútis fora dos padrões de tamanho, cor e formato com preços até 30% mais baratos que os praticados pelo mercado. Apelo que, em épocas de crise, tem aumentado as vendas — de 2014 a 2015, a marca vendeu 10 toneladas de produtos. Além disso, parte do valor pago no alimentado é doado a entidades de caridade.

Por lei, os franceses são proibidos de jogar fora aquilo que não foi vendido: os supermercados precisam doar os alimentos para grupos que trabalhem com compostagem. No entanto, com o estímulo de compra que a marca Les Gueules tem gerado, os comerciantes também conseguiram lucro. Hoje, os produtos da marca são vendidos em mais de 1,5 mil estabelecimentos da França.

srzz

 

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