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Mercado Municipal Kinjo Yamato intitulado como o primeiro Mercado Sustentável da cidade de São Paulo

Sobre o mercado

A história do Mercado Municipal Kinjo Yamato tem início no antigo “Mercado Caipira” ou “25 de Março dos produtos hortifrutis”, como era chamado o local antes instalado na Várzea do Parque Dom Pedro e que se tornou conhecido pela comercialização de frutas, legumes e verduras provenientes dos campos onde trabalhavam imigrantes japoneses. Como complemento de renda, esses imigrantes traziam os produtos que sobravam da colheita para vendê-los no centro da capital paulista de maneira informal.

Em 1922 o chamado Mercado Caipira mudou-se para o número 377 da Rua da Cantareira. O novo local – que foi adquirido pela Prefeitura de São Paulo – até então era utilizado pela Light (atual Eletropaulo), companhia que acomodava os bondes (meio de transporte coletivo utilizado na época) numa espécie de estacionamento. Ainda hoje as ruas de paralelepípedos são mantidas preservadas.

Mercado Municipal Kinjo Yamato
Logo do mercado.

Originalmente a céu aberto, o mercado – que ocupa uma área construída de 4.550 metros quadrados – recebeu em 1936 a doação de uma cobertura que veio da Escócia e inicialmente seria usada na estação de trem que ficava no Anhangabaú. Mas foi bem mais tarde, em 1988, quando da comemoração dos 80 anos de imigração japonesa no Brasil, que o local foi batizado de Kinjo Yamato. O nome foi escolhido para homenagear o primeiro imigrante japonês a se formar em Odontologia.

Hoje o Kinjo Yamato forma, junto com o Mercado Municipal Paulistano (Mercadão), o Complexo Cantareira. Os dois mercados compartilham de histórias em comum não só no que diz respeito à comercialização de produtos. Durante o período de construção do vizinho Mercadão, o Kinjo foi utilizado como base de construção. Já durante a Revolução Constitucionalista de 1932 o local foi utilizado como enfermaria, enquanto o Mercadão serviu como depósito de armas.

O Mercado Sustentável: projeto-piloto de Coleta Seletiva e de Resíduos Orgânicos

O Kinjo Yamato foi o primeiro mercado municipal a participar da campanha que tem por objetivo arrecadar alimentos em boas condições para o consumo, mas que seriam descartados por não terem valor comercial. As doações são destinadas ao Banco de Alimentos da Prefeitura de São Paulo, que realiza o repasse para pessoas em situação de insegurança alimentar.

A ação promoverá o manejo adequado dos resíduos sólidos nos mercados municipais, visando a redução do envio de material orgânico aos aterros sanitários. Dessa forma, frutas, verduras e legumes que não estiverem adequados para o consumo serão enviados aos Pátios de Compostagem, sob a gestão da Autoridade Municipal de Limpeza Urbana (Amlurb).

Durante um ano, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico realizou no Kinjo Yamato o projeto-piloto de Combate ao Desperdício, que foi expandido em 2018 para o Mercado Central Pari e o Mercado de Pinheiros. Agora o objetivo da Prefeitura de São Paulo é expandir a campanha para os outros 12 mercados municipais, 18 sacolões e 880 feiras livre, além de equipamentos públicos que manipulem alimentos.

Para incentivar os permissionários a aderir à campanha, foi criado um selo do Combate ao Desperdício, que será distribuído aos vendedores que participarem da ação. Assim, eles poderão assegurar ao cliente que o estabelecimento é socialmente responsável.

A ação é desenvolvida pela Coordenadoria de Segurança Alimentar e Nutricional (Cosan), da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, e integra o Plano Municipal de Segurança Alimentar (Plamsan).

Veja a matéria sobre o mercado no SPTV clicando no link: https://globoplay.globo.com/v/7101970/

Pátios de compostagem na cidade de São Paulo

Em dezembro de 2015, a cidade de São Paulo ganhou o projeto de compostagem chamado Feiras e Jardins Sustentáveis. Trata-se de uma iniciativa da AMLURB que consiste em oferecer tratamento ambientalmente correto para restos de resíduos orgânicos de feiras livres da capital.

Na prática, o projeto se inicia nas feiras com a participação das equipes de educação ambiental das empresas de varrição, que orientam os feirantes a participarem do projeto e deixarem os restos de frutas, verduras e legumes que iriam para o lixo, dispostos em sacos da Prefeitura. Ao final da feira, os agentes de limpeza passam para recolher esse material e os encaminham para os pátios de compostagem da cidade.

Chegando no pátio, esses resíduos são misturados com restos de poda de árvore picada e palha. Após isso, são dispostos em leiras (canteiros) onde acontece o processo de compostagem, que leva em torno de 120 dias. Por fim, esses resíduos são transformados em composto orgânico de qualidade, que são distribuídos gratuitamente à população.

Ao todo, a cidade de São Paulo conta com cinco Pátios de compostagens, são eles: Lapa, Sé, Mooca, São Mateus e Ermelino Matarazzo. As unidades possuem capacidade de recebimento de até três mil toneladas de resíduos por ano e processamento de até 600 toneladas de composto, no mesmo período.

O composto gerado nos pátios é utilizado como insumo em jardins e praças públicas, gerando ganhos econômicos e ambientais significativos para o município, além de evitar o despejo de mais volume em aterros sanitários, diminuindo, assim, o deslocamento de caminhões e emissões de dióxido de carbono ao meio ambiente. De janeiro a agosto de 2020 os pátios receberam 7,1 mil toneladas de resíduos orgânicos – desse total foram produzidas 1,4 mil toneladas de composto orgânico.

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Foto: https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/subprefeituras/amlurb/index.php?p=283430#:~:text=Em%20dezembro%20de%202015%2C%20a,projeto%20se%20inicia%20nas%20feiras

Fontes: https://mercadokinjoyamato.com.br/ e https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/subprefeituras/amlurb/index.php?p=283430#:~:text=Em%20dezembro%20de%202015%2C%20a,projeto%20se%20inicia%20nas%20feiras

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