Pior do que o descarte irracional de detritos em lixões ou aterros sanitários, o lixo que chega ao mar é um problema ainda mais destrutivo para o meio ambiente.
Segundo um levantamento do eCycle, cerca de 25 milhões de toneladas de lixo são despejados nos oceanos a cada ano. Em outras palavras, nesta década, um quarto de bilhão de toneladas de plástico, metais, tecidos, papel e materiais orgânicos foram descartados nos mares do planeta. O Brasil, sozinho, é responsável por 8% dos despejos mundialmente.
Logo, podemos consentir que produtos e serviços que trabalhem para reduzir o tamanho da população são uma necessidade (ou urgência?) ambiental. A Cove é uma empresa que chega nesse nicho de mercado tomando frente no enfrentamento à poluição após desenvolver um novo tipo de garrafa totalmente biodegradável, seja na água, na areia ou no próprio lixo, feita a partir de um biopolímero chamado PHA.
“Está claro que a razão para termos um problema com poluição com plástico é a conveniência, e tentar mudar esse cenário é um grande desafio […] Estamos há anos trabalhando para criar uma alternativa para as garrafas projetadas para uso único”, afirma Alex Totterman, fundador da Cove.
Para ativar as propriedades decompositoras do material biodegradável da garrafa, basta haver contato ativo com alguma atividade microbiana, algo natural no solo, em aterros, lixões ou no oceano.
À respeito do futuro do meio ambiente e do consumo, Alex afirma que “nós não temos tempo suficiente. Estamos diante de uma situação em que, provavelmente, em menos de 30 anos, teremos um oceano com mais plástico do que peixes. Mesmo que limpar o mar seja um esforço importante, nós também precisamos reduzir a quantidade de plástico que vai para o meio ambiente, especialmente o plástico descartável”.
Antes de fundar a Cove, Alex trabalhou no setor da nanotecnologia e purificação de água, nichos importantes para adquirir a experiência necessária na criação da garrafa biodegradável. Ele afirma que não vê as fabricantes concorrentes de embalagens plásticas como “inimigas”, mas ao contrário: desejar trabalhar em parceria com essas empresas, de modo que, juntos, possam virar o jogo no embate contra a poluição ambiental.
Fonte: The Greenest Post