“Essas espécies evoluíram para viver na ilha livres de predadores. É por isso que tem tantas aves lá”, diz Alex Bond, do Natural History Museum, que também assina a pesquisa.
“Surgem novas gerações de ratos umas duas vezes por ano, mas, para aves como a albatroz-de-tristão, que ficam os primeiros dez anos no mar, demora muito para esses mecanismos comportamentais terem efeito.”
A RSPB, junto com o governo do arquipélago de Tristão da Cunha, que são os responsáveis pela ilha, fizeram um plano para erradicar os ratos da ilha.
A operação deve começar em 2020. Por causa da localização da ilha, é um grande desafio logístico.
É preciso enviar um navio da África do Sul, que vai levar dois helicópteros e um carregamento de bolinhas de cereal munidas de um anticoagulante que, em tese, mataria os ratos em 24 horas.
Ao chegarem à ilha, os helicópteros espalhariam as bolinhas pelo território. Há alguns anos a RSPB vem fazendo campanhas para levantar recursos para viabilizar a força-tarefa.
“Eliminar essa espécie invasiva é algo que já foi feito em 700 ilhas pelo mundo”, diz Bond.
“Não é uma novidade o que estamos fazendo, é uma técnica testada que pode trazer a solução que precisamos.”
Fonte: BBC