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Horto medicinal também é sala de aula para alunos da USP

Horto medicinal também é sala de aula para alunos da USP

Fonte: Jornal da USP

Os frequentadores do campus da USP em Ribeirão Preto, ao passar pela Rua Prof. Aymar Batista Prado, entre as Faculdades de Ciências Farmacêuticas e de Direito, se deparam com uma placa curiosa do lado direito de quem sobe. Nela está: Horto Medicinal. Aos desavisados pode parecer um horto comum, mas ao buscar informações, descobre-se que o local é bem mais que uma coleção de plantas restritas em um espaço, como é definido um horto.

Nesse espaço, os futuros farmacêuticos podem reconhecer plantas medicinais, essencial na formação dos alunos, conhecer os detalhes de cada uma e, ainda, podem manipular as plantas frescas. Responsável pelo horto, a professora Simone de Pádua Teixeira conta que o local oferece oportunidade de trabalhar com a matéria-prima que se transformará em medicamento. A atividade em campo facilita a identificação correta dessa matéria-prima, etapa crucial para qualquer estudo que venha depois, explica.

O Horto Medicinal da FCFRP reúne 66 espécies medicinais de 32 famílias diferentes, dispostas numa área de 600 m². O objetivo principal é facilitar as atividades didáticas, em especial o ensino de graduação. A professora explica que a antiga fazenda que hoje abriga o campus possui rica flora, com várias espécies medicinais. Mas, para as aulas práticas, era preciso elaborar com antecedência um roteiro com as plantas que usaria nas aulas. Somente depois saía em campo, confirmando a existência daquelas espécies. Era importante saber “se as plantas estavam vivas” para a próxima turma, pois há espécies herbáceas, por exemplo, que podem viver apenas um ano.

Hoje existem roteiros já estabelecidos. Simone explica que o espaço é educativo, importante para o ensino das diferenças morfológicas entre as plantas. Como exemplo, ela cita o canteiro com duas espécies de lavanda; uma é ornamental e a outra, medicinal. Então, o aluno consegue perceber quais aspectos identificam cada uma.

O projeto que deu origem ao Horto Medicinal da FCFRP foi idealizado pelo colega de Simone, o professor Jairo Kenupp Bastos, especialista em farmacognosia, ciência que trata das drogas ou substâncias medicinais em seu estado natural. O sonho começou a virar realidade com o apoio da professora Simone a partir de 2010.

Mas só em 2012 o horto tomou o formato que tem hoje e iniciou suas atividades. Além da graduação da FCFRP, alunos de Biologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) e de Medicina da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP), todas da USP, também têm aulas no local.

No horto, são desenvolvidas ações de extensão universitária, como o Universidade Aberta à Terceira Idade; eventos específicos da área, que ocorrem no campus; e os oferecidos às crianças do projeto Pequeno Cientista do Hemocentro de Ribeirão Preto. Também abriga estufas para pesquisa científica.

Pelo limite de produção, ainda não é possível doar mudas à comunidade. “Espero que um dia isso aconteça”, diz a professora. Mas ela se diz bastante confiante na melhoria da infraestrutura do horto para ampliar as atividades, como as visitas monitoradas. E, também, informa que um sonho seu pode virar realidade em breve. Está em fase de elaboração o Projeto Jardim Sensorial, que explorará os sentidos dos participantes pelo tato e olfato.

Além dos professores Simone e Jairo Kenupp, o Horto Medicinal da FCFRP recebe os cuidados dos técnicos Edimárcio da Silva Campos e Mario Sadaiti Ogasawara e dos jardineiros Gersio Schiavo e Nivaldo Izaías.

 

srzz

 

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