Fonte: Green Savers
Fruto de uma parceria entre uma equipa de investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra e da Resiquímica, a maior produtora nacional de resinas, chega ao mercado uma nova resina de poliéster insaturado “verde”.
O novo produto resulta do projeto de investigação GreenUP, criado para desenvolver novos poliésteres insaturados de mais alto valor acrescentado à base de matérias-primas derivadas de fontes renováveis (fontes biológicas).
Os poliésteres insaturados convencionais são produzidos à base de materiais derivados do petróleo e, por isso, o lançamento deste novo poliéster “representa um grande avanço no sentido da utilização de matéria-prima de origem biológica em produtos de uso corrente”, explicam Jorge Coelho e Arménio Serra, coordenadores do projeto e docentes do Departamento de Engenharia Química da FCTUC. Além de ser competitivo em relação aos atuais poliésteres de origem fóssil, este novo poliéster insaturado permite reduzir substancialmente a pegada de CO2 do produto final.
Para desenvolver esta resina amiga do ambiente, a equipa da FCTUC e da Resiquímica recorreu a monómeros – pequenas moléculas que se vão ligando por repetição, gerando polímeros (moléculas maiores) – de origem vegetal.
Para Jorge Coelho, um dos responsáveis do projeto, o maior desafio passou pela “escolha criteriosa das matérias-primas (monómeros) e com o desenvolvimento dos melhores processos de síntese para que, dominando as variáveis do processo de fabricação, fosse possível obter as formulações corretas que garantissem todas as propriedades térmicas e mecânicas, por forma a atingirem-se as características adequadas para cada tipo de aplicação.”
Botões de vestuário, bancadas de cozinha e tanques para armazenagem de produtos alimentares são apenas alguns dos materiais que podem ser criados através dos poliésteres insaturados.
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