Fonte: CEMPRE
Os agricultores estão no topo da lista dos melhores recicladores, enquanto os trabalhadores de escritório ocupam a última posição. Essa é a conclusão de uma empresa de resíduos e reciclagem britânica que entrevistou representantes de vários setores da economia do Reino Unido para avaliar que grupo produziu o maior percentual de resíduos recicláveis ??em comparação com os resíduos enviados para aterro ou incineração.
A BusinessWaste constatou que setores como indústria e agricultura, cujos lucros dependem de reutilização e reciclagem, obtiveram os melhores resultados. “Percebemos que as pessoas que trabalham em escritórios não estão, de modo geral, conscientes dos custos envolvidos no simples ato de jogar todos os seus resíduos na lixeira ao lado de sua mesa”, explica Mark Hall, porta-voz da BusinessWaste. Segundo o levantamento da empresa os melhores recicladores da Grã-Bretanha são:
1. Propriedades agrícolas
2. Indústrias
3. Pubs e restaurantes
4. Varejo
5. Hospitais e clínicas
6. Escolas
Já os piores resultados ficam com:
1. Escritórios
2. Casas noturnas
3. Estabelecimentos de “takeaway food” (comida para ser consumida em outro local)
“Por que os fazendeiros são bons na reciclagem?”, pergunta Hall. “A resposta é simples: eles fazem isso há séculos e essa cultura do desperdício zero sobreviveu ao longo dos anos. De pequenas propriedades familiares a grandes empresas de agronegócio, o princípio é o mesmo: tudo é reutilizado sempre que possível. Somente o que é realmente resíduo é descartado – e com relutância.”
Segundo a BusinessWaste, o mesmo ocorre nas fábricas, mas por razões diferentes. “Cada tonelada de resíduos não recicláveis produzidos representa gastos consideráveis com seu descarte”, diz Hall. “A indústria tem feito grandes esforços para encontrar usos alternativos para seus resíduos, muitas vezes vendendo-os como matéria-prima para outros setores.” Resíduos de borracha e vidro, por exemplo, são hoje usados na produção de revestimentos de baixo ruído para estradas.
Por outro lado, os escritórios têm pouco incentivo para elevar seus índices de reciclagem. Seus funcionários não querem se incomodar ou perder tempo para se deslocar de suas mesas até a lixeira correta para descartar uma garrafa de água. “Por isso, os fazendeiros deveriam ser vistos como fonte de conhecimento, tendo muito a ensinar a executivos e outros profissionais, gerando redução de gastos e recursos naturais. Poderia ser uma excelente ideia fazer com que agricultores ensinassem a proprietários de casas noturnas como melhorar seus custos e gerir melhor seu negócio, no que diz respeito à reciclagem”, desafia Hall.
De acordo com dados do governo, o Reino Unido gerou 200 milhões de toneladas de resíduos em 2012. Metade desse total foi produzida pela construção civil, as atividades industriais e comerciais foram responsáveis por 25%, as residências ficaram com 14% e o restante está disperso em diversas fontes. A reciclagem de resíduos domésticos foi de 44,9% em 2014 – 4,5 pontos percentuais acima de 2010.
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