13/01/2020

Cada pessoa ingere no mínimo 50 mil partículas de microplástico por ano

Um estudo canadense publicado esta semana na revista “Environmental Science and Technology” passa um dado assustador sobre o nosso consumo involuntário de microplásticos: a cada ano, uma pessoa come em média pelo menos 50 mil partículas desse material e respira uma quantidade similar. Suspeita-se que o número real seja bem maior, já que as análises referentes à contaminação por plástico cobriram […]
13/01/2020

Metrô de Roma troca garrafas de plástico por créditos

Cada garrafa de plástico depositada nas estações participantes do projeto vale um crédito de cinco centavos de euro. A cidade de Roma lançou um programa piloto que troca garrafas de plástico por créditos, que podem ser usados na compra de bilhetes para usar o meio de transporte. Cada garrafa vale cinco centavos de euro. Para alcançar o valor de uma passagem […]
13/01/2020

Brasileiro prefere carro elétrico que seja carregado em até 30 minutos

Pesquisa inédita revela também que a maioria dos proprietários de veículos híbridos deseja trocá-lo por outro híbrido ou um elétrico. O Instituto Ipsos de pesquisa e de inteligência de mercado apresentou ontem (1º de outubro), durante o Congresso Brasileiro de Mobilidade e Veículos Elétricos (C-Move), em São Paulo, um estudo inédito focado no comportamento do consumidor brasileiro em relação aos […]
13/01/2020

Paris terá o maior telhado verde para produção de alimentos do mundo

Meta da horta urbana de 14 mil quilômetros quadrados é produzir mil quilos diários de frutas e vegetais. O maior telhado verde para produção de alimentos do mundo será inaugurado em Paris, França, no ano que vem.  A horta urbana ocupará uma área de 14 mil metros quadrados no pavilhão de um edifício de um parque de exposições no sudoeste […]
13/01/2020

Designer cria capa de chuva a partir de bioplástico de algas

Além de resistente à água, material ainda captura o CO2 existente na atmosfera. A designer norte-americana e pesquisadora da Escola de Design de Rhode Island, Charlotte McCurdy criou uma capa de chuva a partir de um bioplástico feito de algas, capaz de capturar o CO2 existente na atmosfera. Isso acontece porque a peça é produzida com macroalgas marinhas, que sequestram carbono […]

Fonte: Jornal da UNICAMP

Nascida há 86 anos na Inglaterra, Maureen Bisilliat consagrou-se como a fotógrafa da alma brasileira. Conjugando um olhar estrangeiro e o profundo respeito pelo país que escolheu como sua casa, Bisilliat desenvolveu um dos mais sólidos trabalhos de investigação fotográfica no Brasil. Em suas expedições pelo interior do país, desde 1952, registrou índios, sertanejos, cultura popular, literatura, arte, política, beleza e tragédia.

Sua carreira como fotojornalista consolidou-se nas revistas Realidade e Quatro Rodas,publicações das décadas de 1960 e 70, nas quais as imagens tinham lugar de destaque. Entre 1966 e 1996, publicou livros de fotografia inspirados nas obras de grandes escritores brasileiros, como João Guimarães Rosa, Carlos Drummond de Andrade, Euclides da Cunha, João Cabral de Melo Neto, Adélia Prado e Jorge Amado.

Nos últimos anos, Maureen trocou as imagens estáticas pelo movimento, empreendendo investigações em vídeo. “É uma área que eu gosto muito por causa da palavra, por causa do gesto”, afirmou em entrevista ao Jornal da Unicamp. Em dezembro de 2003, toda a sua obra fotográfica, com mais de 16 mil imagens, incluindo negativos, foi incorporada ao acervo fotográfico do Instituto Moreira Salles (IMS).

Maureen Bisilliat durante o V Seminário Studium, realizado na Unicamp: “O importante é detectar e fugir de coisas estéreis”

Atualmente, Bisilliat trabalha na finalização do documentário autobiográfico Equivalências, aprender vivendo, que será lançado no início do próximo ano. “Sou mais como uma porta-voz daquilo que aconteceu nesse enorme país em que pude viajar”, conta, modestamente.

Maureen Bisilliat participou na Unicamp do V Seminário Studium – Movimentos da fotografia no campo da arte, organizado por Fernando de Tacca, professor do Instituto de Artes (IA). Em depoimento aos participantes do evento e em entrevista ao Jornal da Unicamp, Maureen falou sobre sua história, sobre a fotografia e sobre as particularidades de cada geração. Confira abaixo trechos transcritos e áudios na voz da fotógrafa.

Química nos dedos, fotos no varal

“Cada geração tem os seus obstáculos a serem ultrapassados. Hoje em dia a quantidade de fotos é incrível. As pessoas dizem: ‘foi ótimo ontem, fiz mil fotos’. A gente levava dois filmes de 36 poses e 72 fotos eram algo imenso! Não é melhor ou pior. Só que a gente tinha que ter muita concentração e um equilíbrio entre liberdade e cautela. Agora, com o digital, tudo é bem mais barato. Mas o setor que mais cresce nas produtoras é a pós-produção. O tempo que leva para selecionar fotos! Eu conheço gente que parou de fotografar porque ‘entupiu’. Não só o computador, como a cabeça. Não é tolher a liberdade, mas saber que não é necessariamente pela quantidade que você vai chegar. É uma coisa muito aleatória o que dá certo ou não dá certo. Cada vez que eu voltava de uma viagem, por exemplo, para fazer uma matéria, morria de medo. Se errava na medição, já era. Antes, a fotografia, como quase tudo no mundo, era manual. Você tinha as químicas nos dedos, a água na banheira de casa para lavar as fotos e o vento no varal para secá-las.”

Entre o imediato e a sonolência

“Cada geração tem que combater aquilo que lhe fragiliza. O que leva a abandonar certas essências, enfraquece. A questão sempre foi tratar esse delicado equilíbrio entre o imediato e a sonolência. Encontrar essa medida é interessante.”

Sobre encontros e aventuras

“Na minha época, as coisas eram distantes, afastadas. Tudo era aventura, e essa aventura preenchia a gente de energia e também de prazer pessoal. Quem procura esse tipo de fotografia, ainda acha, mas é mais difícil. Antes eram muitas as possibilidades. O importante é detectar e fugir de coisas estéreis. Há certa esterilidade, mas isto é compensado por essas loucuras online. Você tem coisas interessantes. Sou muito chamada para esse tipo de encontro e sempre vejo pessoas interessantes e interessadas. A fotografia voltou ser uma manifestação pessoal; as pessoas se agrupam por momentos. A gente não pode ter pessimismo ou otimismo.”

Sertões, veredas

“A fotografia no país é muito rica. Não só nos grandes centros. Em Minas Gerais, com o estímulo de Ouro Preto; no Nordeste, há polos muito bons em Pernambuco, Bahia, Ceará. Tem um fotógrafo chamado Tiago Santana… A coisa especial dele não é só aquele conhecimento íntimo do sertão, sendo filho de lá, mas ele cria uma perspectiva absolutamente única, interessantíssima. Ele domina a lente angular, cria planos que são uma verdadeira maravilha!”

 

Longe do holofote

“Estou fazendo um filme agora. Chama-se: Equivalências, aprender vivendo. É um documentário autobiográfico, mas teve muito zelo em não ficar demais em cima de mim. Sou mais como uma porta-voz daquilo que aconteceu nesse enorme país por onde pude viajar.”

O tempo e o verbo

“O tempo do movimento, a expressão e a palavra, para mim, tornavam-se cada vez mais importantes.”

 

frame e a alma

“Hoje, quando trabalho com fotos, eu trabalho muitas vezes com frames. Quando você tem material de cinema ou de vídeo e o separa. É uma coisa fascinante porque parece que você chega a perceber a alma da pessoa. Quando você fotografa, dificilmente você pega as entrelinhas. Mas o frame você pega como ponto de partida… O resultado de vez em quando é penetrante, porque você vê o instante da mudança da pessoa, um gesto, um olhar. Toca mais fundo.”

Mais sobre Maureen Bisilliat:

https://ims.com.br/titular-colecao/maureen-bisilliat/

Foto: Reprodução

 

srzz

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09/11/2017

A porta-voz da alma brasileira

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06/11/2017

Alimentos funcionais com bioativos podem prevenir doenças

Fonte: Jornal da USP Além da prática de exercício físico regular, a inclusão de alimentos com funcionalidade terapêutica pode contribuir para a prevenção de doenças em homens e mulheres. É sobre esse tema que a professora titular do Departamento de Agroindústria, Alimentos e Nutrição da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, Jucelem Salgado, escreveu a obra Alimentos […]
01/11/2017

‘Temos que escolher quem vai se tratar’: famílias atingidas pela lama de Mariana sofrem com problemas de saúde

Fonte: AmbienteBrasil A pequena Sofia Marques tinha 9 meses quando uma avalanche de lama com rejeito de minério de ferro invadiu sua cidade, a mineira Barra Longa, na madrugada de 6 de novembro de 2015. Dois anos depois, ela vive à base de antialérgicos, corticoides e broncodilatadores e sente uma dor forte na perna que os médicos não conseguem explicar. […]
01/11/2017

Educação ambiental é essencial para o fortalecimento da agricultura

Fonte: Agência de noticias do Paraná Programas de educação ambiental desenvolvidos pelo setor produtivo são essenciais para o fortalecimento sustentável da agricultura, que é a principal base da economia do Paraná. Esta foi a mensagem do governador Beto Richa na cerimônia de conclusão da 22º edição do Agrinho, programa da Federação da Agricultura do Paraná (Faep) e Serviço Nacional de […]