19/03/2018

Consumo de água: saiba quais são as atividades que mais utilizam o recurso no País

Irrigação Divulgação/Codevasf   De acordo com a Agência Nacional de Águas (ANA), 46,2% de toda água retirada para uso no Brasil é destinada à irrigação. Esse é o principal uso do recurso no País e corresponde à prática agrícola que utiliza um conjunto de equipamentos e técnicas para suprir a deficiência total ou parcial de água para as culturas agrícolas. Em 2016, a demanda total de água retirada para irrigação no Brasil era […]
19/03/2018

Mulheres enfrentam barreiras na “nata” da ciência do clima

Não é mais novidade e tem sido tema frequente de debates o desequilíbrio de gênero na ciência, especialmente nas ciências naturais. Mas mesmo quando mulheres atingem um nível alto e são respeitadas no meio científico podem estar em desvantagem. Um artigo publicado no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences revela as barreiras de gênero no Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima […]
19/03/2018

Caminhos e desafios da investigação do caso Marielle

As investigações sobre o assassinato da vereadora do Psol Marielle Franco, no Rio de Janeiro, e seu motorista, Anderson Gomes, apresentam uma série de desafios para a Polícia Civil e o Ministério Público estadual, que estão à frente do trabalho. Leia também:“Figuras políticas como Marielle Franco incomodam” Leia também: Intervenção completa um mês sem resultados  A munição nove milímetros, que matou Marielle e Anderson, […]
19/03/2018

Grupo norueguês reconhece contaminação do rio Pará e pede desculpas

O grupo norueguês Norsk Hydro, acusado de causar danos ambientais no norte do Brasil, pediu desculpas nesta segunda-feira (19/03) pelo lançamento de água não tratada no rio Pará. “Descartamos água de chuva e da superfície da refinaria [Hydro Alunorte] não tratadas no rio Pará”, afirmou o presidente da Norsk Hydro, Svein Richard Brandtzaeg, reconhecendo o crime ambiental. “Isso é completamente inaceitável […]
19/03/2018

Como educar nossas crianças?

por Reinaldo Canto, conselheiro da Envolverde e colunista de Carta Capital  —  O erro é ensiná-las primeiro a consumir, a brincar e a depois a se desenvolver Cena comum e corriqueira em um supermercado de alguma cidade brasileira: uma menina de 4 anos de idade* adentra ao estabelecimento acompanhada de sua mãe. Na área destinada aos cosméticos e produtos de […]
É visível o esforço do Brasil na direção de uma matriz elétrica mais limpa: renováveis convencionais (hidrelétricas) respondem por 66% da geração de energia elétrica e, renováveis não-convencionais (eólica, solar e biomassa), já são 14,3%[1]. Além disso, nos últimos leilões, as não convencionais vêm ganhando enorme importância[2]. Contudo, o Brasil ainda depende de termelétricas a carvão, que possuem grande impacto socioambiental, e que continuam a receber, na contramão das melhores práticas internacionais, aportes relevantes de instituições financeiras.

A intermitência das fontes eólica e solar, seu nível de desenvolvimento tecnológico e condições naturais do País ainda não permitem uma matriz elétrica exclusivamente dependente destas no Brasil – embora deva-se continuar investindo nelas para superar tais barreiras. Até mesmo as fontes renováveis convencionais, representadas pelas grandes hidrelétricas, com maior confiabilidade mas alta exposição a controvérsias ambientais e sociais, vêm sofrendo com a variação no regime hídrico, como indicou a crise de 2016. É essa conjunção de fatores que leva as térmicas, altamente poluentes, a ter, hoje, uma participação ainda importante na estabilidade de nosso sistema de energia elétrica.

Nossa dependência atual desta fonte suja e envolta de problemas sociais na cadeia de abastecimento – como riscos à saúde e segurança de trabalhadores – ajuda a reforçar paradigmas do passado. Com isso, defende-se uma presença perene das térmicas ou mesmo um aumento de sua fatia na matriz elétrica nacional no futuro – com condições inalteradas de financiamento –, mesmo quando se discute a necessária transição para uma economia de baixo carbono internacionalmente, com o Acordo de Paris e instituições multilaterais restringindo o crédito ao carvão, ao menos em suas políticas[3].

Um exemplo é o argumento que indica que as “térmicas são mais baratas e as fontes eólicas/solares/pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) ainda não são tão viáveis”. O preço médio  da energia negociada nos últimos leilões (abril/2018) têm provado o contrário: R$117/MWh para solar e R$67,60/MWh para eólicas, com deságios de 60% e 70%, respectivamente, em relação aos tetos[4]. Para base de comparação, o leilão de dezembro/2017, que contou com a contratação de duas térmicas a gás, teve valor de R$213,46/MWh, com deságio de 22%. Não foram contratadas térmicas à carvão, também disponíveis, naquela ocasião[5]

Adicionalmente, há aqueles que defendem: “só continuaremos expandindo as termelétricas enquanto a tecnologia para as fontes renováveis não-convencionais não se desenvolve a ponto de confiarmos apenas nelas”. Este discurso representa uma visão focada no planejamento de curto prazo e pode levar a um cenário no qual não haverá incentivos econômicos, diante da disponibilidade de energia por fonte termelétrica, mesmo em um futuro no qual as tecnologias de energias alternativas estejam economicamente mais atrativas.

Isso porque, se investimos muito nas térmicas e depois desinvestimos, com o aumento da atratividade das renováveis, perdemos dinheiro. Se não desinvestimos agora, para não enfrentar tais perdas, teremos que lidar com os severos impactos climáticos, que trazem gastos significativos, e podem levar a um ciclo vicioso: as mudanças do clima podem reduzir a eficiência e confiabilidade das usinas renováveis convencionais e não-convencionais, aumentando, assim, a demanda por térmicas. 

Por fim, também destacam-se os que visam ser “socialmente responsáveis” em defesa das térmicas: seu fim pode gerar uma redução de empregos diretos e indiretos associados. Assim, o que fazer com os que dependem da extração de combustíveis fósseis, especialmente do carvão, já que  do país têm uma economia baseada neste tipo de mineração que abastece o setor termelétrico?

Há um elevado nível de hipocrisia nesse argumento, em dois sentidos. Primeiramente, há um amplo histórico de controvérsias no setor minerador, com inúmeras evidências apontando para riscos relevantes para a saúde e segurança dos trabalhadores e comunidades do entorno. É possível dizer que a história do carvão começa a repetir a do amianto: materiais baratos, com ampla aplicação, mas cujos impactos socioambientais começam a ser entendidos como intoleráveis. Assim, a preocupação com o bem-estar do trabalhador parece só ocorrer quando há perdas financeiras envolvidas aos acionistas.

Em segundo lugar, também releva-se toda a contribuição que o setor de energia renovável pode gerar a nível de empregos: de acordo com dados do German Aerospace Center, indicados em estudo publicado pelo Greenpeace, uma matriz elétrica completamente renovável, até 2030, teria 1.247 empregos/GW instalado, frente a 1.093 empregos/GW instalado do cenário base (12% a mais)[6].

Ainda que, atualmente, tenhamos alguma dependência das térmicas, o esforço não deve ser em prol do aumento de sua importância e, sim, no crescimento de sua eficiência e substituição de seus insumos por aqueles com menor potencial de emissões, como o gás natural – reforça-se aqui o termo “substituição”: não deve-se aumentar o número absoluto de termelétricas – a gás ou qualquer outro combustível –, mas o gás natural pode ocupar o espaço do carvão e do diesel. Essa movimentação necessita ser acompanhada de investimentos em P&D para fontes renováveis não-convencionais e criação de novas unidades de geração do tipo.

O papel das instituições financeiras é fundamental nesse sentido, restringindo o fomento a novas termelétricas, como já faz o BNDES para aquelas de carvão e óleo combustível, e exigindo maior eficiência das que aí estão.

Considerando as grandes oportunidades de negócios existentes na energia renovável – e a possibilidade de se evitar riscos enormes no financiamento business as usual –, tais instituições podem apoiar na transição para uma matriz elétrica cada vez menos intensiva em carbono, assim como foram fundamentais na criação do setor elétrico como conhecemos hoje.

[1] Disponível em: <http://www.epe.gov.br/sites-pt/publicacoes-dados-abertos/publicacoes/PublicacoesArquivos/publicacao-160/topico-168/Anuario2017vf.pdf>.

[2] Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/04/leilao-de-energia-renovavel-deve-manter-forte-concorrencia.shtml>.

[3] Disponível em: <http://www.wri.org/blog/2017/05/are-multilateral-development-banks-supporting-low-carbon-future>.

[4] Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/04/leilao-de-energia-viabiliza-investimento-de-r-53-bi-em-novas-usinas.shtml>.

[5] Disponível em: <http://www.valor.com.br/empresas/5233455/energia-leilao-6-termina-com-5725-milhoes-de-mwh-negociados>.

[6] Disponível em: <http://www.greenpeace.org/brasil/Global/brasil/image/2015/Dezembro/2016/Revolu%C3%A7%C3%A3o%20Energ%C3%A9tica%202016.%20Greenpeace%20Brasil.pdf>.

*Gerente de projetos da SITAWI Finanças do Bem

Fonte: http://pagina22.com.br

 

 

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25/07/2018

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