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Estudo indica que a maioria do sal marítimo contém micropartículas de plástico

Fonte: www.nature.com/articles/srep46173

Amostras de sal de 8 países diferentes revelaram a presença de contaminantes plásticos provenientes da poluição oceânica.

Somos mesmo uma espécie muito especial. Descobrimos uma maneira de transformar o petróleo em plástico, substância extremamente durável, decidimos que esse material poderia ter diversas funções, e acabamos o utilizando em uma diversidade de produtos os quais não necessitavam tanta durabilidade.

Devido a suas propriedade físicas e seu relativo baixo custo de produção, nos demos o luxo de o plástico tão amplamente no mercado que permitimos que esse produto, agora em forma de resíduo, fosse lançado para os oceanos, cerca de 13 milhões de tonelada métricas por ano.

De acordo com um estudo de 2014, há mais de 5 trilhões de pedaços de plástico no mar, 92% dos quais são microplásticos menores que 5 milímetros de tamanho.

Em 2015, um estudo sobre sal na China encontrou resquícios de plástico em sal comercializado em supermercados. Esses dados fizeram os cientistas se questionam se esse plástico também poderia ser encontrado em outros lugares do mundo. Em novos estudos feitos pela Universidade Putra Malaysia, analisou o sal extraído do mar de 8 países diferentes, Austrália, França, Irã, Japão, Malásia, Nova Zelândia, Portugal e África do Sul, e apenas o sal francês não continha o poluente.

Das 72 partículas extraídas encontradas, 41,6% eram polímeros plásticos, 23,6% eram pigmentos (de plástico), 5,50% eram carbono amorfo, e 29,1% permanecem não identificados. As partículas não identificadas provavelmente não puderam ser determinadas por causa da foto-degradação, intemperismo e ou aditivos.

Os polímeros plásticos mais comuns foram: polipropileno (40,0%) e polietileno (33,3%). Fragmentos foram a forma primária de MPs [microplásticos] (63,8%), seguido de filamentos (25,6%) e filmes (10,6%). De acordo com os resultados, o baixo nível de ingestão de partículas antropogênicas dos sais (máximo de 37 partículas por indivíduo por ano) justifica impactos negligenciáveis ​​na saúde. No entanto, para melhor compreender os riscos para a saúde associados com o consumo de sal, são necessários mais desenvolvimentos em protocolos de extração para isolar partículas antrópicas menores que 149 μm.

Um especialista em circulação oceânica global e poluição plástica, Erik van Sebille da Universidade de Utrecht, na Holanda, diz à revista Hakai que as descobertas são surpreendentes . “Nos últimos anos, sempre que os cientistas saíram para procurar plástico no oceano, quase sempre o encontraram. Seja no fundo do oceano remoto, no gelo no Ártico, nos estômagos de aves marinhas e peixes, ou agora em sal marinho.”

“O plástico no oceano é uma atrocidade”, ele acrescenta, “um atestado de maus hábitos da humanidade e não sabemos exatamente que dano faz à vida marinha ou a nós”.

“Se suspeitarmos que estes microplásticos são tóxicos ou que possam representar alguns problemas de saúde , temos que nos preocupar com eles, até termos a certeza de que são inofensivos”, diz ele.

 

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