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Iniciativas para reduzir a produção de lixo são discutidas na Alerj

Fonte: Quero discutiro meu estado

Práticas internacionais de redução da produção de lixo foram apresentadas no Plenário da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), nesta quinta-feira (27/10), durante 2º Seminário Internacional Conceito Lixo Zero na Prática, promovido pelo Fórum de Desenvolvimento Estratégico do Estado, em parceria com o Instituto Lixo Zero Brasil. Essa é a segunda vez que a Alerj sedia o evento, que este ano contou com palestrantes internacionais.

Do dia 21 a 30 de outubro é celebrada a Semana do Lixo Zero, que busca a conscientização da população a fim de reduzir a produção de resíduos, sua correta destinação, além da geração de renda.

Mercados sem embalagens

Lídia Signori, ecodesigner do Instituto de Pesquisa Ambiental da Itália, participou do evento e contou sua experiência como fundadora e dona do primeiro supermercado sem embalagens da Europa. Ele relatou que a iniciativa começou pequena em 2006 e cresceu ao longo dos anos. “Atualmente já temos mais 13 lojas espalhadas pelo país. Fora os outros países que inspiramos com essa iniciativa como França e Alemanha”, informou.

Nesse modelo, as mercadorias são vendidas por peso e que os clientes devem levar as suas embalagens de casa ou comprar no próprio mercado para reutilizar nas próximas compras. “Com esse método nós evitamos a geração de resíduos desnecessários, diminuímos o desperdício de alimento – já que é possível escolher quantidades exatas para o consumo da família – e evitamos que os alimentos estraguem”, explicou Lídia.

Coleta porta a porta

Em Ontário, província do Canadá, foi idealizado o primeiro programa de coleta de embalagem porta a porta. Criado por um conselho de reciclagem, o programa atende a 98% da população e recicla 70% das embalagens coletadas. Segundo a diretora executiva do Conselho de Reciclagem de Ontário, Jo-Anne St Godard, o Canadá está aderindo a economia circular, onde ao invés de descartar materiais, eles são reutilizados. “Com a coleta porta a porta nós geramos mais emprego, reaproveitamos melhor os resíduos e fazemos a nossa economia girar.”

Economia circular

Enzo Favoino, Presidente da Comissão Científica Europeia para o Lixo Zero e especialista em compostagem de resíduos para a União Europeia, foi o último palestrante do evento. Ele também destacou em sua apresentação a necessidade de se diminuir o descarte: “Precisamos mudar do modelo linear de descarte para a economia circular. Parar de nos livrar das sobras e buscar o reaproveitamento. O benefício da economia circular é grande. Menos gastos com energia, menos importação de produtos, mais empregos, mais ocupação dos espaços.” Enzo ressaltou que o custo do lixo é crescente, porque também inclui o custo de uma administração ambiental, da criação e manutenção de aterros. E deu exemplos de metrópoles como Milão e Nova Iorque, que já estão implementando programas Lixo Zero em partes da cidade, com coleta seletiva porta a porta.

No Brasil

O Presidente do Instituto Lixo Zero, Rodrigo Sabatine, afirmou que o Brasil recicla menos de 2% dos resíduos gerados. “A sociedade precisa estabelecer metas e se conscientizar da necessidade de mudança. Cada indivíduo precisa diminuir o impacto que causa, seja recusando um canudo de plástico ou, por exemplo, levando o seu próprio copo reciclado para a praia”, afirmou.

A presidente da ONG Eccovida, Danielle Gomes mostrou que é possível levar uma vida sem acumulo de resíduos. Filha de um catador, Danielle aprendeu desde cedo a destinar corretamente cada tipo de lixo. “Com o orgânico a gente faz a compostagem, os resíduos sólidos a gente recicla e os rejeitos a minha mãe faz artesanato. Vivo uma vida de lixo zero, e sei que é possível”, concluiu.

srzz

 

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